Resistência antimicrobiana avança globalmente e põe em risco tratamentos clássicos
Impressão alarmante: uma em cada seis infecções já resiste a antibióticos, segundo relatório da OMS, com crescimento anual de até 15 % em algumas regiões. Dados do relatório Global Antimicrobial Resistance and Use Surveillance (GLASS), da OMS, revelam que cerca de uma em cada seis infecções bacterianas já apresenta resistência a terapias padrão. Entre 2018 e 2023, mais de 40 % das combinações monitoradas de patógenos e antibióticos mostraram aumento na resistência, com média anual de avanço entre 5 % e 15 %. As bactérias Gram-negativas (como E. coli e Klebsiella pneumoniae) despontam como grandes ameaças: muitas cepas já são resistentes às cefalosporinas de terceira geração e a carbapenêmicos em diversos países. Essa realidade força os sistemas de saúde a recorrerem a medicamentos de última linha, que geralmente são mais caros, com mais efeitos colaterais e difícil acesso. No Brasil, destaque para infecções de corrente sanguínea: Staphylococcus aureus resistente à meticilina aparece em mais de metade dos casos, enquanto K. pneumoniae e E. coli têm taxas expressivas de resistência (por exemplo, 41,1 % e 34,6 %, respectivamente). Em infecções urinárias, a E. coli já mostra resistência acima de 25 % a cefalosporinas e fluoroquinolonas. A OMS reforça que a resistência
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